Prefeitura autoriza início das obras para melhorar mobilidade e escoamento das águas na Imbiribeira.
| Ordem de serviço assinada por João Campos e Victor Marques marca novo passo para infraestrutura local. Foto: Edson Holanda |
A Rua Alfredo Marcondes, localizada no bairro da Imbiribeira, zona sul do Recife, será alvo de intervenções de pavimentação e drenagem no âmbito do Programa Rua Tinindo. Na sexta-feira (24), o prefeito João Campos e o vice-prefeito/secretário de Infraestrutura, Victor Marques, assinaram a ordem de serviço que autoriza o início das obras, previstas para começar já na próxima semana. A expectativa é de que a intervenção melhore a mobilidade, reduza poeira, previna alagamentos e promova mais dignidade aos moradores da via.
Panorama do Programa Rua Tinindo
Criado pela Prefeitura do Recife, o Programa Rua Tinindo já beneficiou dezenas de vias com melhorias de pavimentação, drenagem, calçadas e demais intervenções urbanas. Conforme dados oficiais, até junho de 2025, 136 ruas foram requalificadas, e outras 28 estavam em andamento nas seis Regiões Político-Administrativas da cidade.
Em outra fonte, afirma-se que o programa já levou infraestrutura a 115 ruas e iniciou obras em mais 44 vias. O programa está inserido em um esforço de reduzir desigualdades urbanas, melhorar o escoamento pluvial e minimizar impactos negativos da chuva e do desgaste das vias não pavimentadas.
Detalhes técnicos da intervenção na Alfredo Marcondes
A requalificação da Rua Alfredo Marcondes inclui:
Segundo a Prefeitura, essas cifras já constavam no projeto aprovado em 13 de outubro, embora o início formal seja autorizado apenas agora.
Em discurso no ato de assinatura da ordem de serviço, o prefeito João Campos declarou que “essa poeira vai acabar na próxima semana” e que a obra “só vai parar quando estiver totalmente pronta e bem feita” (trecho reproduzido). Já o vice-prefeito Victor Marques afirmou que o compromisso é tirar do papel sonhos antigos aguardados pelos moradores.
| Intervenções contemplam pavimento, drenagem, calçadas e rampas de acesso no trecho da Alfredo Marcondes. Foto: Edson Holanda |
Perspectivas e expectativa dos moradores
Moradores e comerciantes próximos à rua esperam com otimismo pela obra. Muitos destacam que, atualmente, o trecho sofre com poeira nos dias secos e lama nos períodos de chuva, além de problemas de escoamento que, em ocasiões, afetam residências ou impedem a passagem de veículos em dias de precipitação.
Embora não haja ainda relatos públicos de oposição significativa ao projeto para essa via, desafios logísticos e impactos momentâneos (interrupções, barulho, transporte de maquinário) são esperados em qualquer obra urbana de porte. A Prefeitura precisa estabelecer cronograma claro de aviso prévio, desvios alternativos e comunicação constante com a comunidade local para mitigar transtornos.
Pontos de vista divergentes ou cautelosos
Do ponto de vista da administração municipal, a requalificação da Rua Alfredo Marcondes é parte de uma estratégia mais ampla de melhoria urbana e de equalização de infraestrutura nas periferias. A expectativa é de que a intervenção traga ganhos múltiplos: melhor fluidez de tráfego, menos poeira, menos alagamentos, valorização imobiliária e mais segurança para pedestres.
No entanto, críticos de políticas públicas costumam alertar para riscos como:
Atrasos contratuais ou de execução — projetos planejados frequentemente sofrem prorrogações, por crise financeira, faltas de insumos ou licitações contenciosas.
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Qualidade dos materiais ou fiscalização fragilizada — sem controle rigoroso, a obra pode sofrer de patologias futuras (danos, buracos, infiltrações) se não forem obedecidas as normas técnicas.
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Impactos temporários para moradores — o tráfego local pode sofrer bloqueios parciais, transporte coletivo pode ser afetado, ruídos e poeira extras durante a obra.
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Desigualdade de priorização — alguns moradores ou grupos podem questionar por que determinadas ruas são escolhidas antes de outras vias com demandas similares ou até superiores.
Para garantir legitimidade e confiança, é essencial que a Prefeitura transparente os contratos, divulgue acompanhamento da execução e permite participação comunitária (audiências, fiscalizações locais) sempre que possível.
Relação com outras intervenções na cidade
A intervenção na Alfredo Marcondes no âmbito do Programa Rua Tinindo não ocorre isoladamente. A Prefeitura já vem entregando outras vias requalificadas, como a Rua Jupiatá (bairro de Areias) com investimento de R$ 607 mil, e ruas anteriormente entregues com pavimentação e drenagem, em bairros como Imbiribeira, Afogados e Iputinga.
Ainda, recentemente, a Prefeitura autorizou obras na Rua Almeida Júnior, também na Imbiribeira, dentro do mesmo programa, com previsão de 6 meses de execução e investimento de R$ 381.940,17. Essa multiplicidade de frentes de trabalho sugere uma estratégia de intervenção urbana integrada na zona sul da cidade.
Na esfera macro, a construção da Ponte Júlia Santiago, que ligará Areias à Imbiribeira, já atingiu cerca de 83 % de execução e deverá reduzir o tempo de deslocamento na região em até 40 %. A sinergia entre intervenções estruturais (como pontes) e obras de via local (ruas, drenagem) pode multiplicar o impacto positivo para a mobilidade urbana global.
Desafios operacionais e riscos
A execução da obra depende de fatores como:
Uma execução cuidadosa, com cronograma realista e comunicação aberta aos moradores, será determinante para minimizar transtornos e entregar uma obra que perdure no tempo.
A requalificação da Rua Alfredo Marcondes pela Prefeitura do Recife, sob o programa Rua Tinindo, representa uma intervenção estrutural significativa para o bairro da Imbiribeira: pavimentação, calçadas, drenagem e acessibilidade serão contempladas com um investimento de mais de R$ 1,29 milhão e prazo de execução de seis meses. Embora o projeto tenha aprovação municipal e seja aguardado com expectativa pelos moradores, seu êxito dependerá da eficiência na execução, rigor técnico, transparência e mitigação de impactos durante a obra. Se realizada conforme o planejado, a intervenção poderá trazer ganhos concretos em mobilidade, valorização local e qualidade de vida.
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