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Túlio Gadelha entra no centro da disputa do PDT de Pernambuco

Disputa pelo comando do PDT Pernambuco ganha novo capítulo, com articulações de Carlos Lupi e Túlio Gadelha às vésperas de reunião decisiva do partido.

Túlio e Lupi
Carlos Lupi articula entregar comando do PDT Pernambuco a Túlio Gadelha, que defende candidatura própria ao Governo do Estado. Foto: Divulgaçã

A disputa pelo comando do PDT Pernambuco ganhou um novo capítulo nesta semana. Uma fonte próxima ao presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, revelou à CBN Recife que o dirigente trabalha para entregar o controle do partido no estado ao deputado federal Túlio Gadelha. A movimentação, segundo interlocutores, ocorre em meio a uma reestruturação nacional do PDT e à tentativa de fortalecer o grupo político do parlamentar pernambucano.

A mudança, se confirmada, deve redesenhar o mapa interno da sigla no estado e influenciar diretamente o processo eleitoral de 2026. Isso porque Gadelha articula para que o partido apresente uma candidatura própria ao Governo de Pernambuco — e já possui um nome preferido.

Articulação nacional envolve Lupi e aposta em Gadelha

A reconfiguração interna do PDT Pernambuco não é recente. Há meses, a sigla enfrenta disputas pela direção estadual e indefinições sobre seu papel no cenário político local. A revelação de que Carlos Lupi estaria empenhado em entregar o comando a Túlio Gadelha indica uma tentativa de estabilização da legenda.

Lupi, que preside o PDT nacionalmente desde 2004, tem buscado ampliar o protagonismo de quadros internos alinhados a um projeto nacional mais coeso. Segundo a fonte consultada pela CBN Recife, o ex-ministro avalia que Gadelha reúne capacidade de diálogo, inserção social e potencial para reposicionar o partido no debate estadual.

Apesar da articulação interna, a possível mudança ainda divide opiniões. Setores tradicionais da legenda defendem que a transição deve seguir critérios técnicos e respeitar acordos prévios firmados com lideranças locais. Outros integrantes avaliam que a entrada de Gadelha pode renovar o partido e atrair novos quadros.

Gadelha defende candidatura própria do PDT Pernambuco

Enquanto articulações avançam em Brasília, o deputado Túlio Gadelha atua para ampliar seu protagonismo no PDT Pernambuco. Interlocutores do parlamentar afirmam que ele vem defendendo, internamente, que o partido tenha candidatura própria ao Governo do Estado em 2026, evitando alianças que possam reduzir a autonomia da sigla no processo eleitoral.

O nome defendido por Gadelha é o do reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Macedo Gomes. Reconhecido no meio acadêmico, Alfredo teve papel central na defesa da autonomia universitária durante a pandemia e nas discussões sobre financiamento da educação superior. Para aliados de Gadelha, sua entrada na política estadual poderia apresentar ao eleitorado uma alternativa técnica e moderada.

A possibilidade, no entanto, ainda é incerta. De acordo com membros da direção regional do PDT, não houve até o momento uma deliberação oficial sobre candidatura própria. Alguns setores internos avaliam que a legenda deveria aguardar o posicionamento dos principais blocos políticos em Pernambuco antes de tomar decisão definitiva.

Reações internas e desafios para o partido

As articulações em torno do novo comando do PDT Pernambuco repercutiram entre lideranças estaduais. Para parte delas, a mudança pode fortalecer a sigla em um cenário marcado pela expansão de federações partidárias e pela busca por reorganização das forças políticas no estado.

Entretanto, outros dirigentes alertam para o risco de tensionamento interno. Uma mudança abrupta de comando pode gerar disputas locais, especialmente em municípios onde o PDT mantém vereadores, prefeitos ou figuras de base que não necessariamente estão alinhadas ao grupo de Gadelha.

Além disso, a proposta de candidatura própria ao Governo de Pernambuco divide opiniões. Alguns avaliam que o partido não teria, neste momento, estrutura suficiente para sustentar uma campanha majoritária competitiva. Outros defendem que a presença de um nome técnico, como o do reitor da UFPE, poderia atrair segmentos do eleitorado em busca de renovação.

Reunião decisiva no fim de semana

A direção nacional do partido se reunirá neste final de semana para discutir, entre outros temas, a situação do PDT Pernambuco. A expectativa é de que o encontro seja decisivo para definir o novo comando estadual.

Segundo fontes partidárias, três cenários estão sobre a mesa:

  1. Confirmação da entrega do comando a Túlio Gadelha, consolidando sua liderança na legenda em Pernambuco.

  2. Manutenção provisória do atual diretório, enquanto a sigla busca consenso para uma transição.

  3. Criação de uma comissão interventora, caso o partido julgue necessária uma reorganização mais profunda.

A reunião deve contar com participação de dirigentes nacionais, parlamentares e representantes de diretórios estaduais, reforçando o peso estratégico do estado para o futuro da legenda.

Cenário político em Pernambuco também pesa na decisão

A movimentação no PDT Pernambuco ocorre em um contexto político estadual marcado pela reorganização das forças partidárias em torno das eleições de 2026. A governadora Raquel Lyra (PSD) busca ampliar sua base, enquanto a oposição se movimenta para apresentar nomes competitivos.

Nesse cenário, partidos médios — como PDT, PSB, MDB e Republicanos — passam a desempenhar papel decisivo na formação de alianças. Assim, a definição do comando pedetista no estado pode influenciar negociações futuras e o equilíbrio das forças políticas no próximo pleito.

Especialistas apontam que o PDT, apesar de não possuir atualmente grande representação na Assembleia Legislativa, tem potencial para crescer dependendo de como se posicionar. A defesa de um nome técnico como Alfredo Gomes pode atrair setores acadêmicos e servidores públicos, mas também representa um desafio de visibilidade.

Definição pode redesenhar estratégia do PDT Pernambuco

O desfecho da disputa pelo comando do PDT Pernambuco deve ser conhecido nos próximos dias. A articulação envolvendo Carlos Lupi e Túlio Gadelha indica um movimento estratégico da sigla para se reposicionar no estado e ampliar sua relevância no debate público.

Independentemente da decisão, a reunião nacional deste fim de semana deve marcar um divisor de águas para o partido em Pernambuco, influenciando alianças, pré-candidaturas e o papel da legenda nas eleições de 2026.

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