Banco do Nordeste participa da COP30 em Belém, destacando energias renováveis, microfinanças e preservação da Caatinga no Nordeste.
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| Preservação de biomas e apoio a empreendedores marcam participação da instituição na COP30. Foto: Divulgação |
De acordo com o presidente do Banco do Nordeste, Wanger de Alencar, a participação da instituição em eventos internacionais permite que experiências locais de sustentabilidade sejam compartilhadas com outros países e investidores globais. “Estamos levando à COP30 iniciativas que mostram como desafios ambientais podem se transformar em oportunidades de desenvolvimento econômico e social para o Nordeste e para o Brasil”, afirmou.
Energias renováveis e infraestrutura sustentável
Entre os principais temas abordados pelo Banco do Nordeste está o financiamento de projetos de geração de energia solar e eólica, considerados estratégicos para a matriz energética nacional. Segundo dados da própria instituição, mais de 500 projetos de energia limpa já receberam financiamento do BNB, representando investimentos superiores a R$ 4 bilhões em todo o Nordeste.
Além de apoiar a geração de energia renovável, a instituição também investe em modernização e eficiência da infraestrutura energética regional. O diretor de Planejamento, Aldemir Freire, destacou que esses esforços contribuem para a redução das emissões de carbono e para a sustentabilidade econômica da região. “A infraestrutura sustentável é um pilar para consolidar o semiárido como um território resiliente e inovador”, explicou.
Microfinanças e inclusão produtiva
Outro destaque na agenda da COP30 é o papel do Banco do Nordeste na promoção da inclusão produtiva por meio de programas como o Crediamigo e o Agroamigo. Essas iniciativas oferecem crédito e orientação técnica a pequenos empreendedores e agricultores familiares, fortalecendo economias locais e reduzindo desigualdades.
Segundo relatório do BNB, mais de 4 milhões de pessoas já foram beneficiadas pelos programas de microfinanças, com impactos positivos na geração de emprego e renda no semiárido. O superintendente da Área de Políticas de Desenvolvimento Sustentável, Rubens Soares, reforçou que o objetivo é ampliar a participação de grupos vulneráveis na economia verde.
Preservação da Caatinga
A preservação da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, é outro ponto central da participação do Banco do Nordeste na COP30. O banco apoia projetos de revitalização ambiental que incluem tecnologias sociais, uso racional da água e incentivo a cadeias produtivas sustentáveis.
Em painel programado para o dia 11 de novembro, no Espaço do Serviço Florestal Brasileiro, o diretor Kleber de Oliveira destacou o potencial de sequestro de carbono da Caatinga, mostrando como políticas locais podem contribuir para metas globais de redução de emissões. A instituição ainda busca fomentar parcerias com organizações internacionais como a Conservation International para ampliar o impacto desses projetos.
Participação institucional na COP30
Além de apresentações em painéis temáticos, representantes do Banco do Nordeste participam de reuniões bilaterais, assinatura de acordos e lançamento de iniciativas. Confirmaram presença, entre outros, a presidente do Conselho de Administração, Sávia Gavazza, os superintendentes de Clientes de Governo, Hailton Fortes, e o gerente executivo do Ambiente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável, Kleber de Oliveira.
Entre os eventos de destaque na agenda da instituição estão:
10/11 – Painel sobre infraestrutura sustentável e ações de empresas estatais na ação climática;
11/11 – Painel sobre Caatinga e sequestro de carbono, investimentos em inovação;
Impacto e desafios
A participação do Banco do Nordeste na COP30 reflete a necessidade de integrar políticas de desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Especialistas afirmam que, embora o semiárido enfrente desafios históricos como escassez hídrica e desigualdade social, iniciativas como as do BNB mostram que é possível transformar esses desafios em oportunidades de crescimento sustentável.
O economista e pesquisador em desenvolvimento regional, João Barros, ressalta que o papel de bancos de fomento como o BNB é estratégico. “Eles não apenas financiam projetos, mas também estruturam programas que geram impacto social e ambiental mensurável. Isso coloca o Nordeste em posição de protagonismo nas discussões globais sobre clima e sustentabilidade”, comentou.
Contudo, desafios permanecem, como a necessidade de ampliar investimentos privados, reduzir burocracia e incentivar políticas públicas integradas. A COP30 oferece uma oportunidade para que o Banco do Nordeste e parceiros compartilhem boas práticas e fortaleçam alianças estratégicas.
A participação do Banco do Nordeste na COP30 evidencia a capacidade do semiárido brasileiro de aliar desenvolvimento econômico à preservação ambiental. Por meio de energias renováveis, inclusão produtiva e preservação da Caatinga, a instituição demonstra que é possível construir soluções sustentáveis que impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente.
O evento, que segue até 21 de novembro em Belém, deve consolidar o papel do Banco do Nordeste como referência nacional em iniciativas que combinam sustentabilidade, inovação e desenvolvimento regional.
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