Pernambuco abre 15,6 mil empregos formais em setembro

Pernambuco registrou 15.602 novos empregos formais em setembro, liderado pela Indústria, segundo dados do Novo Caged 2025.

Dados do Novo Caged mostram crescimento no mercado de trabalho pernambucano. 

Foto: Vitor Vasconcelos/Secom-PR

Pernambuco registrou a criação de 15.602 empregos com carteira assinada em setembro de 2025, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio do Novo Caged.

Com esse resultado, o estado alcançou um saldo acumulado de 61.620 novos postos formais nos nove primeiros meses do ano, demonstrando avanço consistente na recuperação econômica regional.

Desempenho por setor

O desempenho positivo foi observado nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas avaliados.

O setor da Indústria liderou a geração de vagas, com 8.367 novos postos. Em seguida vieram Agropecuária (2.814), Construção (2.354), Comércio (1.217) e Serviços (850).

De acordo com o MTE, o resultado reflete a retomada gradual da atividade produtiva e o aumento da demanda no mercado interno.

Perfil dos trabalhadores contratados

A maioria das novas vagas formais foi preenchida por homens, responsáveis por 13.295 postos, enquanto as mulheres ocuparam 2.307 vagas.

Os jovens entre 18 e 24 anos foram o grupo etário com melhor desempenho, somando 6.689 contratações.

Quanto à escolaridade, pessoas com ensino médio completo concentraram o maior número de admissões, com 7.301 postos de trabalho.

Municípios em destaque

Entre os municípios pernambucanos, Rio Formoso se destacou com 1.692 novas vagas, alcançando um estoque total de 6,6 mil empregos formais.

Na sequência, figuram Cabo de Santo Agostinho (1.581), Sirinhaém (1.481) e Paulista (1.131) — todos com saldos positivos impulsionados principalmente pela Indústria e Construção Civil.

Esses resultados reforçam a importância do litoral sul pernambucano no cenário econômico estadual.

Panorama nacional

Em âmbito nacional, o Brasil registrou 213.002 novos postos de trabalho formais em setembro, totalizando 1,7 milhão de empregos com carteira assinada no acumulado de 2025.

O número total de vínculos ativos chegou a 48,9 milhões, o maior patamar já registrado pelo Novo Caged desde sua implementação.

Desde janeiro de 2023, foram 4,8 milhões de vagas criadas no país.

O setor de Serviços liderou a geração de empregos no Brasil, com 106.606 postos em setembro, seguido pela Indústria (43.095), Comércio (36.280), Construção (23.855) e Agropecuária (3.167).

O salário médio real de admissão foi de R$ 2.286,34.

Comparativo regional e estadual

Entre as unidades da Federação, os destaques em números absolutos foram São Paulo (49.052 vagas), Rio de Janeiro (16.009) e Pernambuco (15.602).

Quando observadas as variações percentuais, Alagoas (+3%), Sergipe (+1,7%) e Paraíba (+1,1%) lideraram os índices de crescimento relativo.

No Nordeste, o saldo foi de 72.347 novos empregos, com Pernambuco figurando entre os três estados com melhor desempenho.

Evolução no acumulado do ano

De janeiro a setembro de 2025, todos os setores da economia nacional apresentaram saldos positivos.

O setor de Serviços lidera o acumulado, com 773.385 novos postos, seguido pela Indústria (273.231), Construção (194.545), Comércio (153.483) e Agropecuária (107.297).

Pernambuco acompanha essa tendência, com crescimento sustentado em segmentos estratégicos como a indústria de transformação e o agronegócio.

Análise e perspectivas

Economistas apontam que a manutenção dos resultados positivos depende de políticas de incentivo à produção e à qualificação profissional.

Segundo o analista econômico, a ampliação da empregabilidade jovem e o fortalecimento das micro e pequenas empresas são fatores-chave para manter o ritmo de crescimento no estado.

Além disso, os dados reforçam a importância da diversificação econômica regional, com potencial de geração de renda e redução das desigualdades no Nordeste.

Com saldo positivo em todos os setores e municípios de destaque, Pernambuco consolida-se como um dos estados com melhor desempenho no mercado formal de trabalho em 2025.

Os números do Novo Caged indicam não apenas a retomada econômica, mas também um cenário de otimismo cauteloso, impulsionado pelo dinamismo industrial e pelo fortalecimento de atividades no interior do estado.