Campanha “Fome Não Tira Férias” será apoiada pela CAIXA e Elo, com cartões pré-pagos para compra de alimentos.
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| Projeto apoiado pela CAIXA e Elo distribuirá cartões com crédito alimentar a mil crianças em vulnerabilidade. Foto: Divulgação |
Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA), a CAIXA Econômica Federal participou, nesta quarta-feira (12), do lançamento internacional da campanha “Fome Não Tira Férias”, uma iniciativa que busca garantir alimentação a crianças em situação de vulnerabilidade durante o recesso escolar.
A ação, promovida pela ONG Fome de Tudo, contará com o apoio da CAIXA Cartões e da bandeira Elo, por meio da distribuição de cartões pré-pagos destinados exclusivamente à compra de alimentos. O projeto deve beneficiar até mil crianças, selecionadas pela entidade, com créditos mensais de R$ 335 durante dezembro de 2025, janeiro e fevereiro de 2026.
Combate à insegurança alimentar nas férias escolares
O objetivo da campanha é enfrentar a insegurança alimentar que afeta milhares de famílias brasileiras durante o período de férias escolares. Nesse intervalo, milhões de estudantes deixam de ter acesso à merenda — para muitos, a principal refeição nutritiva do dia.
A proposta é assegurar que as crianças mais vulneráveis mantenham o acesso a uma alimentação saudável e equilibrada mesmo fora do ambiente escolar. De acordo com o Instituto Fome de Tudo, a campanha atua em rede, com o envolvimento de organizações da sociedade civil, empresas e órgãos públicos.
Declarações destacam papel social da CAIXA e parceiros
Durante o painel de lançamento na COP30, o presidente da CAIXA, Carlos Vieira, ressaltou o compromisso histórico do banco com a inclusão social.
“Estamos presentes em iniciativas que garantem alimentação, renda e oportunidades, porque acreditamos que inclusão é empoderamento. Projetos como este são fundamentais para lembrar que a fome não tira férias, e nós também não. Seguiremos trabalhando para que cada brasileiro tenha acesso ao essencial e à chance de construir um futuro melhor”, afirmou Vieira.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, apresentou dados sobre os avanços no enfrentamento à fome e à pobreza.
“Hoje, cerca de 50 milhões de crianças e adolescentes têm direito à alimentação saudável nas escolas, especialmente com a ampliação do tempo integral. Por isso, é fundamental manter essa rede ativa durante as férias, garantindo complemento alimentar e segurança nutricional”, destacou o ministro.
Já o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, enfatizou o papel das políticas públicas e programas sociais na redução da fome no país.
“São os programas sociais e as políticas públicas, algumas nem diretamente ligadas à segurança alimentar como o Bolsa Família e a política de geração de emprego, que impactam na redução da fome, porque é esse dinheiro no bolso da família de baixa renda que vai fazer ela se alimentar melhor”, disse Boulos.
Parceria entre público e privado no enfrentamento à fome
A fundadora do Instituto Fome de Tudo, Ursula Corona, destacou a importância da colaboração entre diferentes setores para enfrentar desafios sociais.
“Cada um aqui tem um legado no poder público, privado e na sociedade civil, e juntos mostramos que é possível construir governança, estrutura e entrega. Estamos falando de resultados e de projetos que vão transformar vidas, porque sozinha ninguém faz nada”, declarou.
O presidente da Elo, Giancarlo Greco, também ressaltou o engajamento da iniciativa privada em causas sociais.
“Apesar de a Elo ser uma empresa privada, precisamos arregaçar as mangas e entregar aquilo que fazemos de melhor para este propósito social”, afirmou.
A presença de representantes de empresas, governos e organizações sociais no evento reforçou a ideia de que o combate à fome e à pobreza exige cooperação intersetorial, alinhando ações de curto prazo com estratégias sustentáveis de longo prazo.
Fome e desenvolvimento sustentável na pauta da COP30
A COP30 tem como eixo principal as discussões sobre mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, mas temas sociais, como a fome e a desigualdade, vêm ganhando destaque nas agendas paralelas do evento.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 21 milhões de brasileiros ainda convivem com a fome grave. Esses números reforçam a urgência de políticas e iniciativas que promovam segurança alimentar e justiça social.
Nesse contexto, a campanha “Fome Não Tira Férias” se conecta diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável) e o ODS 10 (Redução das Desigualdades).
Resultados esperados e próximos passos
De acordo com a CAIXA e a ONG Fome de Tudo, a meta é que o projeto piloto, que beneficiará inicialmente mil crianças, possa ser ampliado nacionalmente em 2026, com base nos resultados e indicadores sociais obtidos na primeira fase.
A campanha também prevê ações de educação alimentar e atividades de sensibilização comunitária, buscando engajar famílias e escolas na promoção de hábitos saudáveis e sustentáveis.
O acompanhamento dos resultados será feito de forma transparente, com relatórios públicos sobre o uso dos recursos e o impacto social gerado.
A iniciativa “Fome Não Tira Férias” representa um esforço coletivo entre poder público, sociedade civil e iniciativa privada para enfrentar um dos maiores desafios sociais do Brasil: a fome infantil.
Ao lançar a campanha durante a COP30, a CAIXA reforça seu papel como agente de inclusão e transformação social, unindo sustentabilidade, solidariedade e compromisso com o futuro das próximas gerações.
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