O UNICEF nomeia dois jovens ativistas brasileiros na COP30, reforçando a participação juvenil na defesa dos direitos e da ação climática.
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| Com as nomeações, o UNICEF reforça o protagonismo juvenil nas ações climáticas. Foto: Luiz Marques |
Com as novas nomeações, o Brasil passa a contar com quatro representantes jovens que apoiam o UNICEF em ações de mobilização social em defesa dos direitos humanos, com foco na infância, adolescência e ação climática.
Evento marcou o início das atividades do UNICEF na COP30
Além dos anúncios oficiais, o evento serviu como espaço de diálogo e escuta. Os 18 adolescentes brasileiros convidados pelo UNICEF compartilharam experiências, refletiram sobre os desafios ambientais e debateram o papel da juventude na promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Rede global de ativistas juvenis
A rede global de jovens ativistas do UNICEF é composta por adolescentes e jovens de diversos países que atuam em defesa dos direitos de crianças e adolescentes, com ênfase em temas como mudanças climáticas, participação política, educação e proteção.
Segundo o representante do UNICEF no Brasil, Joaquin Gonzalez-Aleman, o protagonismo juvenil é essencial para a construção de um futuro sustentável e justo:
“Poder contar com os Jovens Ativistas do UNICEF é levar as vozes da juventude que eles representam para espaços que muitas vezes elas não chegariam. Esses jovens trazem a perspectiva de quem vive os impactos das desigualdades e das mudanças climáticas. Garantir que suas vozes sejam ouvidas é assegurar que as decisões tomadas hoje levem em conta o futuro que eles vão herdar”, afirmou o representante.
O protagonismo de João do Clima e Maria Isabel
Para João do Clima, a nomeação representa “um sonho coletivo”. O adolescente paraense, voluntário da Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (COJOVEM) e Conselheiro Jovem do UNICEF Brasil, destacou a importância da representatividade da juventude amazônica:
“Ser jovem ativista não é sobre uma pessoa, é sobre uma geração que vive os efeitos da crise climática e que precisa ter voz. Quando a gente ocupa esses espaços, toda uma comunidade caminha junto”, declarou.
Já Maria Isabel Liberato, integrante do Conselho Jovem do UNICEF e de diversas redes e conselhos nacionais, ressaltou a necessidade de escuta ativa das novas gerações por parte das autoridades:
“Que sejamos de fato considerados nas políticas públicas, especialmente as crianças e adolescentes de comunidades tradicionais e originárias. Somos parte do futuro de que tanto falam, mas também somos o presente”, afirmou a jovem paraibana.
Encerramento de um ciclo e início de uma nova fase
A instituição destacou que a nova geração de ativistas dará continuidade a esse legado, fortalecendo o diálogo entre juventudes e tomadores de decisão em níveis local, nacional e internacional.
Perfis dos novos jovens ativistas
João Victor da Costa da Silva (João do Clima) – Paraense, 16 anos, morador da Ilha de Caratateua, em Belém (PA). É voluntário da COJOVEM, Conselheiro Jovem do UNICEF Brasil e ativista na área de mudanças climáticas e comunidades insulares. Defende um futuro mais justo e sustentável para as populações amazônicas.
Maria Isabel Liberato – Paraibana, 17 anos, integrante do Conselho Jovem do UNICEF, do Comitê de Participação de Adolescentes (CPA) do Conanda, da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (CONAETI) e da Rede Reimaginando Futuros. É ativista pelos direitos de crianças, adolescentes e pela pauta ambiental.
Juventude, direitos e futuro sustentável
A presença desses novos ativistas simboliza uma geração que busca não apenas ser ouvida, mas também atuar como protagonista na defesa de um futuro mais justo, inclusivo e sustentável.

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