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CAIXA adere ao Compromisso de Belém pela transição justa

Anúncio ocorreu durante a COP 30, em Belém, com foco em energia limpa e justiça social.

Caixa
Painel reuniu empresas estatais como CAIXA, Banco do Brasil, BNDES, Itaipu e Petrobrás. Foto: Guilherme Rosa/CAIXA

Durante a COP 30, realizada em Belém (PA), o governo federal e empresas públicas anunciaram nesta segunda-feira (10) o Compromisso de Belém pela Transição Energética Justa, uma iniciativa que propõe unir crescimento econômico, responsabilidade ecológica e justiça social. Entre as instituições signatárias está a CAIXA Econômica Federal, que reafirmou seu papel como agente estratégico na promoção de um desenvolvimento sustentável e inclusivo.

Iniciativa governamental com foco na sustentabilidade

O Compromisso de Belém é coordenado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A proposta busca alinhar as políticas públicas e empresariais a um modelo de desenvolvimento de baixo carbono, com investimentos em infraestrutura verde, transição energética e preservação ambiental.

De acordo com o MGI, o objetivo é “construir uma agenda nacional de transição justa”, assegurando que a mudança para uma economia mais sustentável ocorra de forma equilibrada, com geração de empregos e redução das desigualdades regionais.

CAIXA reforça compromisso com desenvolvimento sustentável

O presidente da CAIXA, Carlos Vieira, destacou que o banco público possui uma carteira de finanças sustentáveis superior a R$ 817 bilhões, com foco em projetos que unem impacto social e ambiental positivo.

“O compromisso da CAIXA vai muito além da sua carteira de finanças sustentável. Nosso propósito é acelerar a transição energética e econômica justa, assegurando inclusão e responsabilidade social. A CAIXA tem orgulho de fazer parte dessa parceria histórica com o governo e as instituições estatais”, afirmou Vieira durante o evento.

A instituição também pretende expandir parcerias técnicas com outras empresas públicas e privadas para o compartilhamento de boas práticas em governança verde e inovação socioambiental.

O papel do Estado na transição energética

Durante o painel “Empresas estatais globais e a ação climática: da propriedade pública à entrega de resultados”, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, enfatizou que a participação do Estado é essencial para a transição ecológica.

“O Brasil está comprometido nesse caminho. Acreditamos no papel das empresas estatais e das participações acionárias como motor da transformação. A transição ecológica precisa ser compatível com o desenvolvimento e com a redução da desigualdade”, declarou a ministra.

Segundo o MGI, o Compromisso de Belém se alinha a outras iniciativas nacionais e internacionais, como o Acordo de Paris e a Agenda 2030 da ONU, que estabelecem metas globais para o enfrentamento das mudanças climáticas e a promoção do desenvolvimento sustentável.

Política institucional e práticas socioambientais

Com mais de 160 anos de história, a CAIXA reforça sua missão de banco público voltado à inclusão social e ao desenvolvimento sustentável. A instituição adota critérios socioambientais rigorosos em linhas de crédito para habitação, saneamento, infraestrutura e agricultura sustentável, integrando a pauta climática às suas políticas de financiamento.

O banco também atua em projetos de educação financeira e ambiental, apoiando comunidades e governos locais na adoção de soluções sustentáveis. Essas ações reforçam a presença da CAIXA como agente transformador dentro do sistema financeiro nacional.

Desafios e perspectivas da transição energética

Especialistas apontam que a transição energética justa exige equilíbrio entre crescimento econômico, inovação tecnológica e justiça social. Para o economista ambiental André Ferreira, ouvido pela reportagem, “o papel das empresas públicas é crucial porque elas podem liderar investimentos de longo prazo sem depender exclusivamente do lucro imediato”.

Ele observa ainda que o Brasil, por possuir uma matriz energética relativamente limpa, tem vantagens comparativas, mas enfrenta desafios na modernização das redes de transmissão, no incentivo à energia solar e eólica, e na inclusão de comunidades tradicionais nas novas cadeias produtivas verdes.

A liderança das empresas públicas na COP 30

A adesão da CAIXA ao Compromisso de Belém simboliza a integração das empresas estatais à agenda climática global, reforçando o protagonismo do Brasil na transição energética. O evento em Belém, que reúne representantes de mais de 190 países, discute medidas concretas para limitar o aquecimento global e promover justiça climática.

Com a presença de instituições financeiras, governos e organizações multilaterais, a COP 30 destaca a importância da cooperação entre o setor público e privado para atingir as metas globais de descarbonização.

Conclusão: um passo para o futuro sustentável

Ao aderir ao Compromisso de Belém, a CAIXA reafirma sua identidade como banco público comprometido com a inclusão social, a sustentabilidade e a inovação verde. O anúncio feito durante a COP 30 consolida o papel da instituição na condução de políticas que conciliam responsabilidade ambiental e desenvolvimento econômico.

A transição energética justa, defendida por governo e empresas públicas, representa não apenas uma necessidade climática, mas também uma oportunidade de construir um país mais equilibrado, inovador e socialmente justo.

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