Pernambuco gerou 12.692 empregos formais em agosto e soma 45.899 no ano, segundo o Novo Caged. Indústria lidera novos postos no estado.
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O Brasil superou 1,5 milhão de novos empregos com carteira assinada nos oito primeiros meses de 2025 - Foto: Vitor Vasconcelos/ Secom PR |
O estado de Pernambuco registrou um saldo positivo de 12.692 empregos com carteira assinada em agosto, alcançando 45.899 novos postos formais no acumulado do ano, entre janeiro e agosto de 2025. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De acordo com o levantamento, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas apresentaram resultado positivo no estado no oitavo mês do ano. O destaque ficou por conta da Indústria, responsável por 3.335 novos postos, seguida pelos setores de Serviços (3.143), Construção (2.644), Agropecuária (2.277) e Comércio (1.294).
Jovens e trabalhadores com ensino médio lideram contratações
Os dados do Novo Caged revelam que a maioria das vagas criadas em Pernambuco em agosto foi ocupada por homens (9.101), enquanto as mulheres preencheram 3.591 postos.
No recorte por escolaridade, os maiores beneficiados foram os profissionais com ensino médio completo, que conquistaram 6.902 vagas. Já no recorte por idade, os jovens de 18 a 24 anos lideraram as contratações, com saldo de 5.460 novos postos.
Esse perfil reflete uma tendência observada em nível nacional, em que a juventude tem concentrado a maior parte das admissões, principalmente em setores que demandam mão de obra de entrada, como comércio, serviços e construção.
Recife lidera geração de empregos no estado
Entre os municípios pernambucanos, Recife foi o que apresentou maior saldo de empregos formais em agosto, com 1.956 novas vagas. A capital conta hoje com um estoque de 578,4 mil vínculos ativos.
Em seguida aparecem Petrolina (1.052), Cabo de Santo Agostinho (1.041) e Igarassu (1.017) como os municípios de maior destaque na geração de postos de trabalho no período.
Comparativo nacional: Brasil supera 1,5 milhão de novos empregos
No cenário nacional, o mercado de trabalho formal também mostrou crescimento. O Brasil registrou 1.501.930 empregos com carteira assinada entre janeiro e agosto de 2025, elevando o estoque de vínculos formais para 48,69 milhões — um recorde.
Somente em agosto, o país criou 147.358 postos, com destaque em números absolutos para São Paulo (45.450), Rio de Janeiro (16.128) e Pernambuco (12.692). Em termos relativos, Paraíba (+1,61%), Rio Grande do Norte (+0,98%) e Pernambuco (+0,82%) tiveram os melhores desempenhos.
Desde janeiro de 2023, início da atual gestão federal, o saldo nacional é de 4,63 milhões de vagas com carteira assinada.
Desempenho dos setores econômicos
Em agosto, quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas no Brasil apresentaram saldos positivos:
Serviços: +81.002 postosComércio: +32.612 postos
Indústria: +19.098 postos
Construção: +17.328 postos
O único setor a registrar resultado negativo foi a Agropecuária, com redução de 2.665 postos.
No acumulado de janeiro a agosto, os maiores saldos foram em Serviços (773 mil vagas), Indústria (273 mil), Construção (194,5 mil), Comércio (153,4 mil) e Agropecuária (107,2 mil).
Perfil populacional dos contratados
No recorte por gênero em nível nacional, as mulheres preencheram 77.560 postos em agosto, contra 69.798 ocupados por homens.
Por faixa etária, os jovens de 18 a 24 anos se destacaram novamente, ocupando 94.525 postos no mês. Os adolescentes de até 17 anos, em sua maioria aprendizes, preencheram 33.710 vagas.
No quesito escolaridade, o ensino médio completo também foi predominante, com 96.442 contratações.
Em relação à raça, os pardos lideraram com 111 mil postos, seguidos por brancos (32.248), pretos (21.648), indígenas (320) e amarelos (162). Já a população com deficiência ocupou 820 novas vagas em agosto.
Salário médio e tendências
O salário médio real de admissão em agosto foi de R$ 2.295,01, registrando aumento de R$ 12,70 em relação a julho (+0,56%).
Esse crescimento, ainda que modesto, aponta para uma tendência de estabilidade no poder de compra dos trabalhadores recém-contratados.
Importância do resultado para Pernambuco
O desempenho positivo do estado reflete tanto a retomada de setores estratégicos, como a Indústria e a Construção, quanto a capacidade de absorção de mão de obra jovem e de nível médio.
Especialistas apontam que a diversificação na geração de postos — com participação significativa de todos os grandes setores econômicos — é um sinal de fortalecimento da economia local.
Pernambuco encerrou agosto de 2025 com saldo positivo de empregos formais, consolidando 45.899 novos postos no acumulado do ano. O resultado acompanha a tendência nacional de crescimento do mercado formal e reforça a importância de setores estratégicos como Indústria, Serviços e Construção para o desenvolvimento regional.
Com o protagonismo de jovens e trabalhadores com ensino médio completo, o estado se mantém como um dos destaques do Nordeste na geração de vagas com carteira assinada.
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