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Lula lidera em todos os cenários da pesquisa Quaest

Pesquisa Quaest divulgada em 9 de outubro confirma que Lula lidera em todos os cenários simulados para 2026, com margem de erro de 2 pontos.

Lula
Lula vence todos os adversários em simulações de 1º e 2º turno, aponta Quaest.
Foto: Ricardo Stuckert

Nesta quinta-feira (9), a consultoria Quaest, em parceria com a Genial Investimentos, divulgou uma nova pesquisa eleitoral sobre a disputa presidencial de 2026. O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 5 de outubro, com 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o país, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95 %.
A pesquisa traçou simulações de primeiro e segundo turno, e também incluiu perguntas sobre reeleição e candidatura de Jair Bolsonaro.

A escolha de uma margem de erro relativamente pequena e amostragem ampla dá robustez ao estudo, mas não elimina totalmente a possibilidade de variações — especialmente em candidatos com pontuações próximas.

Principais resultados

Cenários de 1º turno

A pesquisa estimulada — isto é, com os nomes dos candidatos apresentados — apontou quatro a oito cenários, dependendo das combinações testadas. Em todos os cenários, Lula (PT) figura com índices de 35 % a 43 % das intenções de voto, liderando consistentemente.

Alguns exemplos de cenários são:

  1. Com Bolsonaro: Lula 35 %, Bolsonaro 26 %, Ratinho Júnior 10 %, Ciro 9 %, Zema 3 %, Caiado 3 %.

  2. Com Michelle: Lula 36 %, Michelle Bolsonaro 21 %, Ciro 10 %, Ratinho 10 %, Zema 4 %, Caiado 3 %.

  3. Com Tarcísio: Lula 39 %, Tarcísio 18 %, Ciro 12 %, Caiado 4 %, Zema 4 %.

  4. Em outro cenário misto (Lula, Tarcísio e Eduardo Bolsonaro): Lula 42 %, Tarcísio 19 %, Eduardo Bolsonaro 17 %.

Em todas essas simulações, Lula aparece à frente dos demais nomes testados.

Cenários de 2º turno

Nos confrontos diretos (um contra um), Lula também apareceu vencedor em todos os empates simulados:

  1. Contra Ciro Gomes (PDT): Lula 41 % x 32 %

  2. Contra Jair Bolsonaro (PL): Lula 46 % x 36 %

  3. Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos): Lula 45 % x 33 %

  4. Contra Michelle Bolsonaro: Lula 46 % x 34 %

  5. Contra Ratinho Júnior: Lula 44 % x 31 %

  6. Contra Romeu Zema (Novo): Lula 47 % x 32 %

  7. Contra Ronaldo Caiado (União Brasil): Lula 46 % x 31 %

  8. Contra Eduardo Bolsonaro: Lula 46 % x 31 %

  9. Contra Eduardo Leite (PSD): Lula 45 % x 22 %

A vantagem mais estreita é contra Ciro (9 pontos) e contra Bolsonaro (10 pontos), enquanto o embate mais folgado é contra Leite (23 pontos).

Comparação com pesquisa anterior

A nova pesquisa confirma uma estabilidade nos resultados em relação ao levantamento de setembro, o segundo consecutivo com padrão parecido. Lula já vinha liderando todos os cenários desde agosto.

  1. Em setembro, Lula tinha vantagem de 8 pontos sobre Tarcísio no 2º turno; agora essa vantagem é de 12 pontos.

  2. As diferenças de Lula sobre Bolsonaro, Michelle e Eduardo Bolsonaro oscilaram para baixo, mas permanecem dentro da margem de erro.

  3. Contra Ciro, Ratinho, Zema e Leite, Lula oscilou para cima.

  4. A vantagem contra Caiado permaneceu praticamente inalterada.

Rejeição e opinião sobre candidaturas

Outro dado relevante: entre todos os nomes avaliados, Eduardo Bolsonaro (PL) aparece como o mais rejeitado como candidato à Presidência.

Além disso, a pesquisa perguntou:

  1. Se Lula deveria se candidatar à reeleição: 42 % responderam “sim” (era 39 % em setembro) e 56 % disseram “não”.

  2. Se Jair Bolsonaro deveria desistir da candidatura e apoiar outro nome: 76 % responderam que sim, mesmo índice do mês anterior; 18 % disseram que ele deveria manter, apesar da inelegibilidade.

Análise de pontos de vista

Perspectiva de Lula e base aliada

Para o governo e apoiadores de Lula, os resultados reforçam a narrativa de que o presidente está bem posicionado para reeleições ou para manutenção de influência eleitoral. A constância em liderar cenários ajuda a transmitir confiança e estabilidade política.

No entanto, o fato de maioria dos entrevistados preferir que ele não se candidate à reeleição gera um dilema: vencer hoje nas pesquisas não significa que o eleitorado apoiará uma nova disputa presidencial.

Perspectiva da oposição

Para adversários e analistas independentes, a pesquisa expõe uma fragmentação da oposição e dificuldades em consolidar um nome competitivo. Mesmo aqueles que mais se aproximam de Lula (como Tarcísio ou Michelle) não se aproximam o suficiente dentro da margem de erro.

Há ainda o fator da inelegibilidade de Bolsonaro — se ele fosse elegível, poderia alterar radicalmente o panorama eleitoral. Mas na situação atual, ele figura como um ator com rejeição alta e votação menor.

Alguns críticos apontam que pesquisas eleitorais são instantâneas e voláteis, e que eventos futuros, escândalos ou crises podem alterar profundamente o cenário.

Limitações e cautelas

  1. A pesquisa é estimulada: candidatos são apresentados ao entrevistado, o que pode inflar o percentual de nomes menos conhecidos.

  2. A margem de erro (2 pontos) permite pequenas flutuações que podem alterar empates técnicos entre candidatos.

  3. A eleição ainda está distante, e muito pode mudar — alianças, debates, campanhas, crises econômicas ou políticas.

  4. O teste de cenários hipotéticos não garante que todos esses candidatos efetivamente disputarão ou terão viabilidade em 2026.

A pesquisa Quaest / Genial, divulgada em 9 de outubro, mostra Lula liderando todos os cenários simulados para as eleições presidenciais de 2026, tanto no primeiro quanto no segundo turno, com vantagem que varia de 9 a 23 pontos. Houve estabilidade em relação ao levantamento anterior, com ligeiras oscilações dentro da margem de erro. A maioria prefere que Lula não concorra à reeleição, e Eduardo Bolsonaro figura como o candidato mais rejeitado.

Embora os resultados fortaleçam a posição atual de Lula, o panorama eleitoral é dinâmico e sujeito a mudanças. A fragmentação da oposição e a ausência (ou inelegibilidade) de um nome unificado à direita podem favorecer o cenário apontado pela pesquisa, mas não garantem que ele se manterá intacto até 2026.

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